Pra não dizer que Freud e Lacan não falaram da solidão

Autores

  • Isabel Tatit Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo
  • Miriam Debieux Rosa Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo e Pontifícia Universidade Católica de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.20435/pssa.v5i2.282

Resumo

Este trabalho partiu de impasses surgidos no atendimento clínico em consultório particular seguindo uma abordagem psicanalítica. Nossa escuta revelou a presença de uma intensa imaginarização e inflação de um discurso de auto- suficiência associado a essa dificuldade. Nesse sentido, entendemos ser importante atribuirmos maior peso a um significante muitas vezes responsável pela possibilidade de flexibilizar o discurso de auto-suficiência: o significante da solidão. Verificamos haver simetria entre o discurso de auto-suficiência dos pacientes e o discurso sobre a solidão presente na mídia de forma hegemônica. Assim, quando se apresenta como um contraponto ao discurso dominante, a solidão pode ser expressão da singularidade do sujeito, do ponto de vista da Psicanálise, uma experiência ética. Este trabalho pretende dar embasamento a essa reflexão por meio de uma revisão da solidão nas obras de Freud e Lacan. Palavras-chave: Clínica; Psicanálise; Singularidade; Ideologia; Contemporaneidade.

Publicado

2013-12-18

Como Citar

Tatit, I., & Debieux Rosa, M. (2013). Pra não dizer que Freud e Lacan não falaram da solidão. Revista Psicologia E Saúde, 5(2). https://doi.org/10.20435/pssa.v5i2.282

Edição

Seção

Artigos